sábado, 20 de agosto de 2011

CONCEQUENCIA PÓS TEMPO


 



C ONCEQUENCIA PÓS TEMPO
“TRINTA E POUCOS ANOS”

      Minha vida sempre foi derivada de oportunidades, às quais aproveitei ou não, por medo de atropelar meus princípios: princípios este derivado de minha formação de caráter observando meus erros e os dos outros e principalmente com a lei do retorno, pois tudo feito de errado por mim, sempre da errado, nunca me dei bem com coisa errada. A primeira e ultima vês em que mexi em algo que não era meu, foi num hiper- mercado já extinto chamado Paes Mendonça ponte, passei a maior vergonha, ao quebrar uma barra de chocolate e tirar um pedaço, o segurança viu e me fez pagar a barra inteira que por sua vez já era só papel na prateleira, daí então foi só trabalho. Tenho medo então de responder (espiritualmente, criminal, emocional ou até mesmo fisicamente). Fiz algumas escolhas que hoje aos “meus trinta e poucos anos” ponho em reflexão; valeu apena? (trinta e poucos anos conhecidencia, acaso, destino...) sou descendentes de nordestino filho de trabalhador do comercio. De onde tirei a idéia de iniciar minhas atividades comercias, aos quatorze anos em 1991 vendendo sacolés (saquinho com picolé artesanal) nas ruas e sinais de Niterói, onde tive minha primeira experiência com drogas, observado os garotos que geralmente vinha do complexo do alemão, para vender frutas para um deficiente físico conhecido como Wagner, alguns deles encomendavam quentinha para pagar no final de semana e trocavam com traficantes por drogas na comunidade do sabão. Tentei trabalhar como aprendiz em oficina mecânica de um cliente de sacolé, que dizia querer me dar uma oportunidade. Fazendo um cursinho e como aprendiz do agora patrão mecânico achava está no caminho certo para entrar no mercado de trabalho. Ao chegar à oficina sempre tinha que retirar alguma peça para manutenção, na maior parte das vezes era obrigado a deitar num papelão em frente da oficina que era pequena, no asfalto quente, com o carro ainda quente também. Feliz após a retirada da então peça e achando que iria aprender a fazer manutenção, só que após o termino da extração eu era direcionado a fazer às vezes de um boy do mecânico, pagando suas contas pessoais e da oficina, sacando cheques de cliente e indo a loja comprar peças para reposição. Num belo dias chegou à oficina o gerente de um extinto banco da Rua Barão do Amazonas querendo revisar os freios de seu Santana, logo solto as rodas e ò levanto no elevador desmontando todo o sistema de freio. Outra vez após o termino do procedimento sou direcionado a pagar algo desta vez o aluguel. No utro dia volta o gerente na oficina. -Zé você quer me matar, na ponte  senti algo de errado com o carro, quando parei vi que as rodas estavam soltas logo então Zé me deu o primeiro e ultimo esporro. Após o gerente se retirar, lembro a Zé que quando eu retornei o carro já não estava mais ali, ele então me diz que seria melhor eu assumir a culpa do que ele, assim evitaria maiores problemas e conservaria meu emprego. Logo então fui trabalhar em outra oficina vizinha, pois não podia compactuar com aquilo. Endereço diferente, mais com historias parecidas de um aprendiz de boy. A gota d’água foi quando ao chegar ao trabalho numa segunda feira com a roupa limpa, porem manchada de óleo e graxa (a mancha não sai) entrei no carro de um cliente levei mais um esporro, quando o cliente chegou para buscar o carro um vendedor com uns (trinta e poucos anos na época, hoje por ironia do destino ex vendedor meu o qual paguei dividas, do antigo proprietário do meu negocio). - Já falei para botar a capa no carro antes de entrar, disse meu Patrão. É meus caros leitores ele esqueceu de dizer também que não terminou o serviço no sábado porque foi pro bar da esquina tomar umas cervejas, e ao fechar a oficina já de noite e bêbado tinha usado o pé dando um chute na porta do carro para fechar. Eu então tive minhas conclusões que não seria a minha ser um subordinado e não ter um crescimento econômico desejado. Volto etão pro comercio informal vendendo cerveja na praia do flamengo nas ruas etc. quando tive a 1º oportunidade de montar meu próprio negocio uma birosca (espécie de mercearia) e meus caros na informalidade tudo fica mais fácil, a margem de lucro e real, não sofremos fiscalizações severas, trabalhamos dia e hora desejada. Quando mais uma vez resolvo investir em mim terminar os estudos e fazer faculdade de  educação física. Tem noção, terminar 2º grau a noite em colégio publico num supletivo é qualquer um quer fazer um curso que acha que e mole e da  dinheiro, gosto de lutas e esporte tenho tendência a obesidade logo então escolhi o curso de educação física, mais não e bem assim o curso é complicado só quem faz e quem sabe fiquei em anatomia logo de cara 1e2 quando surgiu em 2002 a 2º oportunidade comprar um comercio fechado, quebrado de familiares,não pensei duas vez vendi minha moto, peguei minhas economias, dinheiro emprestado fui pra dentro, repito na informalidade é fácil mais logo a vontade de crescer, não dever nada a ninguém. (fisco) ter minha própria firma comprar direto da industria outra ilusão (pouco poder de barganha eles não me deram a menor atenção) ou seja o desejo de ter uma pessoa jurídica constituída falou mais alto, docê ilusão continuo morando no mesmo endereço, investindo cada centavo em meu negocio tendo credito na praça  mais tendo que pagar muito caro e com juros, não tenho folga sábado domingo datas comemorativa ou feriado trabalho integralmente 17 horas por dia como escravo eu e minha familia para poder honrar compromissos. Alguns de meus amigos dizem termos como sócio o governo. Eu já acho que sou escravo, pois comerciante neste país paga caro até para ser fiscalizado ex: contador, tributos, tarifas, taxas (com acréscimo alto em algumas taxas que é o caso da água e da energia elétrica entre outros), livros de ponto, livro de funcionário, impressora térmica, bobina térmica, telefonia sacolas automação, circuito interno entre outros gastos. Tendo também de dar o que não temos, como férias décimo terceiro fundo de garantia INSS e a estabilidade de emprego aos nossos colaboradores e um salário que e pouco pra quem recebe mais muito pra quem paga. Num desses gastos de manutenção fiquei mais intimo de um vizinho o pará, trabalhador autônomo do ramo da construção civil com idade entre os “trinta e poucos anos” que me disse ter interesse em largar o ramo e trabalhar em comercio. Pensei logo que maluco, se fosse eu com a profissão dele ganharia muito dinheiro construindo, com reformas e investido minhas economias em imóveis velhos para reformas tendo um bom lucro na venda. Teria meu tão sonhado tempo para família, ver meus filhos crescendo e podendo interferir mais na formação da personalidade deles como homens de bem. Como eu já disse na informalidade e fácil, eu deveria ter começado no ramo da construção civil como servente, é só de segunda a sexta das 7h às 17h e o sábado até o meio dia ganharia relativamente bem para um adolescente teria mais tempo para estudar a noite, logo teria noções de alvenaria, revestimento, elétrica, hidráulica aumentando assim meu ganho podendo assim conciliar a estudos e virar um engenheiro. Só que não é assim que um jovem descendente de nordestino e pobre pensa, ele ao começar a trabalhar e ganhar dinheiro geralmente tem um projeto de vida bem diferente. Geralmente e o de casar e constituir família isso se ele não for morar junto com aquela garota que ele era apaixonado dês da infância e nunca lhe deu bola, mais agora tem filhos e ficou viúva de um bandido qualquer da favela. Na melhor das hipóteses este jovem trabalhador por sua vez está viciado em cigarro e álcool. Apôs minhas reflexões, sobre meu então novo funcionário, e muito satisfeito com o seu desempenho como repositor de mercadorias, entregador e muito safro em fazer manutenção da loja, ele me pede a segunda feira para resolver problemas de documentação no correio. Ele então confidencia para um amigo e diz que seria de ordem policial mais precisamente uma Maria da Penha. Ao voltar muito nervoso me chama e diz estar envolvido num problema de  investigação policial sobre uma família que vem dando tombo na praça desde 1982, e que ele estava sendo investigado como cúmplice, mais após prestar depoimento os policiais perceberão que ele estaria sendo vitima dessa quadrilha. Um dos rapazes teria marcado um encontro, para negociar serviço e que Le ofereceu um carro para descontar em obras. Fomos de encontro ao rapais, eu o Pará e um advogado. O rapaz disse está tudo tranqüilo quanto à empresa, e para o Pará não se preocupar se alguém o procurar dizer que a empresa é dele e que ele mora onde quiser (referido-se ao Pará morar numa comunidade carente) que tinha advogados cuidando do caso e o que pegar para o Pará pegaria pra eles. Nessa quadrilha faz parte o pai e a mãe de dois rapazes de "trinta e poucos anos" muitos ricos e profissionais na arte de se dar bem. O esquema era o seguinte ao montarem um grande magazine contrataram esse construtor para fazer a reforma do espaço se mostrando bem intecinados tratando o com grande educação e respeito, ganharão a confiança do então construtor pedindo para financiar um automóvel já que suas condições financeiras estavam comprometidas na empreitada de inaugurar a nova loja e um dos irmãos que estaria precisando e nisso induzirão a assinar uma procuração dai então, ficou fácil atingir os objetivo, era só ir à caça do pedreiro e depois pedir para ele assinar pagamentos, orçamentos ou papeis de mera burocracia. O construtor é um semi-analfabeto não lia o que assinava nunca desconfiaria de pessoas com muito mais dinheiro que ele. Ao acompanhá-lo a delegacia vi uma equipe jovem com mais o menos uns "trinta e poucos anos". Suponho que jovens funcionários públicos que estudarão muito para assumir esse cargo um deles eu tive a impressão de conhecer perguntei se ele avia sido vendedor mais ele logo respondeu agora fui rebaixado a vendedor. Um deles com o qual simpatizei muito ao falar da atitude dos empresários bem sucedidos sita sheiks em Hamlet "existe mais coisas entre o seu e a terra do que reza nossa van filosofia", ao sair da sala encontro outro policial que me reconheceu e disse que  avia sido vendedor de cerveja no passado na minha antiga birosca.